Os seres humanos são obcecados por encontrar padrões naquilo que enxergam, ou sentido nas experiências do cotidiano. Por isso vemos figuras em nuvens, rostos na escuridão ou formas em rochas e montanhas.
Isto não é um pão de açúcar. E isto não é uma taça.
Como perguntou Tom Jobim, de que servem as flores que nascem pelo caminho?
Richard Dawkins fez um tour de palestras com o título “The purpose of purpose”, em que discorre sobre como a complexidade das estruturas biológicas, construídas através evolução, podem causar a falsa impressão de terem sido projetadas. Um ataque direto ao “design inteligente”. (o vídeo da palestra está no final do post)
A falsa percepção de que existe um arquiteto para a natureza, aliada a uma visão antropocêntrica, faz as pessoas enxergarem “missões” até para os animais. O que é muito incentivado pela visão religiosa, em que o homem é o ser supremo da criação e senhor das outras criaturas.
Os animais possuem vida para manter a carne fresca até que o homem decida comê-los, na explicação de um autor medieval citado por Dawkins durante a palestra. Ele cita ainda propósitos ainda mais grotescos, como o de que a lagosta tem a casca dura para que nós possamos nos exercitar ao quebrá-la.
Mas esse tipo de pensamento ainda não morreu. Como nos faz lembrar a clássica cena do “Banana Man”.
A asa de um avião serve para que ele possa planar, e a sua cauda para dar estabilidade ao voo. A mesma coisa pode ser dita das asas e da cauda de um pássaro. A diferença, explica Dawkins, é que o avião possui um propósito projetado por um engenheiro, enquanto as estruturas do pássaro tem um “proto-propósito” provocado pela seleção natural (eles tem utilidade, mas não foram projetados pela ave ou por um arquiteto).
Richard Dawkins fez um tour de palestras com o título “The purpose of purpose”, em que discorre sobre como a complexidade das estruturas biológicas, construídas através evolução, podem causar a falsa impressão de terem sido projetadas. Um ataque direto ao “design inteligente”. (o vídeo da palestra está no final do post)
A falsa percepção de que existe um arquiteto para a natureza, aliada a uma visão antropocêntrica, faz as pessoas enxergarem “missões” até para os animais. O que é muito incentivado pela visão religiosa, em que o homem é o ser supremo da criação e senhor das outras criaturas.
Os animais possuem vida para manter a carne fresca até que o homem decida comê-los, na explicação de um autor medieval citado por Dawkins durante a palestra. Ele cita ainda propósitos ainda mais grotescos, como o de que a lagosta tem a casca dura para que nós possamos nos exercitar ao quebrá-la.
Mas esse tipo de pensamento ainda não morreu. Como nos faz lembrar a clássica cena do “Banana Man”.
A asa de um avião serve para que ele possa planar, e a sua cauda para dar estabilidade ao voo. A mesma coisa pode ser dita das asas e da cauda de um pássaro. A diferença, explica Dawkins, é que o avião possui um propósito projetado por um engenheiro, enquanto as estruturas do pássaro tem um “proto-propósito” provocado pela seleção natural (eles tem utilidade, mas não foram projetados pela ave ou por um arquiteto).
Ao longo da palestra Dawkins desenvolve ainda a tese de que a habilidade humana de criar propósitos que são aparentemente anti-evolutivos podem ter um proto-propósito (um propósito natural, como a asa dos pássaros). Adotar crianças seria um ato anti-evolutivo, já que os pais não estão passando seus genes adiante. O que torna a adoção um ato ainda mais bonito.
A tese é uma continuação daquilo que ele já vinha desenvolvendo desde o livro “O gene egoísta”, que no capítulo final trata dos “memes”.
O início da palestra é bastante divertido, e tem até mesmo um certo ar “militante”, porque Dawkins mostra declarações de políticos americanos contra as suas palestras e elogia a eleição de Obama (a apresentação aconteceu em 2009). Sem falar nas piadinhas contra o design inteligente e a vídeo-paródia do filme “Expelled”, que ataca a Teoria da Evolução.
2 comentários:
nao tem como ativar legendas?
puxa, eu procurei o video com legendas mas não achei... =(
Eu me lembro de ter visto uma vez a transcrição em inglês, e apesar de ter procurado, tb não achei.
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